sex, 29 nov
16H00
Reconciliação e Reparação. Moçambique e Brasil: Intercruzamentos Literários
O Território da Reconciliação é onde se busca reparar os danos históricos causados pelo colonialismo. Neste território, a reparação é um processo ativo de cura, onde se reconhecem as injustiças do passado e se tomam medidas concretas para restaurar a dignidade e os direitos das comunidades afetadas.
Esta mesa foca nos intercruzamentos literários entre Moçambique e Brasil, dois países que compartilham uma herança histórica marcada pela colonização e uma luta contínua por reconciliação e reparação.
Ungulani Ba Ka Khosa (MZ)
Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga de Francisco Esaú Cossa, é um escritor moçambicano destacado, autor de obras como Ualalapi (1987), incluído entre os cem melhores livros africanos do século XX, Orgia dos Loucos (1990), e Entre as Memórias Silenciadas (2013), vencedor do Prémio BCI. Com carreira docente em História, desempenhou funções de liderança em instituições culturais, como o Instituto Nacional de Cinema e a Associação de Escritores Moçambicanos. Foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, a Ordem de Rio Branco e a Ordem Eduardo Mondlane, em reconhecimento por sua contribuição à literatura e à cultura de Moçambique.
Analice Pereira (PB)
Graduada em Letras e professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), leciona disciplinas voltadas para as Literaturas de Língua Portuguesa e para os estudos teóricos da narrativa de ficção. Tem doutorado e mestrado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 2017 realizou pesquisa sobre o escritor cubano Leonardo Padura, em Estágio Pós-Doutoral, na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Rita Chaves (SP)
Rita Chaves, professora associada de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da USP, foi professora visitante na Yale University (1996/97) e na Universidade Eduardo Mondlane (1998 e 2004). Integra o comitê curatorial do Museu da Língua Portuguesa. É autora de A formação do romance angolano (1999) e de Angola/Moçambique – experiência colonial e territórios literários 2005, e 2022). É coorganizadora de Portanto … Pepetela (2003 e2010), Brasil/África: como se o mar fosse mentira (2006); A kinda e a misanga: encontros brasileiros com a Literatura Angolana (2007); Mia Couto: o desejo de contar e de inventar (2009) ; Passagens para o Índico: encontros brasileiros com a Literatura Moçambicana (2012); Mia Couto: um convite à diferença (2013); Geografias Literárias em Língua Portuguesa no século XXI (2021).