Mesa 8 – Herança | Memória

sáb, 30 nov

14H00

Território: Herança
Ação: Memória

“As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.

(Os Lusíadas, Canto I, estrofe 1)

Herança e Memória. Presenças e Sabenças índígenas e Africanas na Literatura

No Território da Herança, a memória é a guardiã das experiências passadas. A memória serve como uma âncora que mantém vivas as lições aprendidas, garantindo que o futuro seja construído com um profundo respeito pelo que foi, sem perder de vista o que pode ser.

Aqui, a memória não apenas preserva as lições aprendidas, mas também fundamenta o respeito pelas culturas e tradições que moldam a identidade. Também inspirada nos versos de Camões, esta mesa reúne escritores que exploram as heranças culturais indígenas e africanas, destacando a importância dessas presenças na literatura contemporânea e o papel da memória como resistência e identidade.

Trudruá Dorrico (RO)

Indígena macuxi. Doutora em teoria da literatura pela PUC-RS, ficou em primeiro lugar no concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de novos escritores indígenas, em 2019. É administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal do YouTube Literatura Indígena Contemporânea, em que entrevista escritores e pesquisadores indígenas, além de colunista da ECOA/UOL.

José Luis Cabaço (MZ)

José Luís Cabaço, doutor em Antropologia pela USP, é autor dos livros Moçambique: identidades, colonialismo e libertação (2009) e À sombra da utopia – Quando eu era nós (2021). Participou na luta de libertação de Moçambique e, após a Independência do país, foi Ministro dos Transportes e Comunicações e Ministro da Informação. Após o fim da guerra civil, em 1992, como assessor de informação pública junto à missão das Nações Unidas (UNOMOZ) para supervisão do processo de Paz e organização das primeiras eleições multipartidárias. Entre 2008 e 2014, foi Reitor da Universidade Técnica de Moçambique em Maputo. No Brasil foi professor convidado na USP e pesquisador visitante na UFRJ, CEBRAP e Unicamp.

Rinah Souto (PB)

Doutora em Letras pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, professora adjunta do curso de Letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e docente da linha Leituras Literárias do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPB. Coordena o Araetá: grupo de estudos em poéticas indígenas e práticas educativas emancipatórias e é vice-líder do projeto de pesquisa Sul Global: perspectivas pós/descoloniais afro-latino-asiáticas.

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